São Paulo, num futuro distópico não muito distante do presente. Um vírus é circulante, que ataca principalmente o cérebro e a capacidade de lembrar. Um estado que esqueceu um passado marcado pelo colonialismo e pela ditadura aguarda desesperadamente alguma “Fase Dourada” indeterminada. Três jovens gays vagam por uma cidade sangrados pela pandemia e pelo capitalismo desenfreado, lembrando-nos dos atrasos uns dos outros amantes, compartilhando suas experiências com o HIV, recebendo dicas de maquiagem para rostos mascarados e em última análise, reunindo-se com outros esquecidos pela sociedade para uma revista antiga em o salão de uma cantora chamada Mirta. Na afável e surrealista pesquisa de Gustavo Vinagre sobre amnésia imposta politicamente, surgiu uma era queer em que as memórias só podem sobrevivem porque são compartilhados coletivamente e transmitidos por meio de relacionamentos. Aqueles que se espalham em todas as direções não colidem. E aqueles totalmente despreocupados em morrer ricos e privilegiados estão experimentando o Golden Fase agora. Em Três tigres tristes, brilham as margens da sociedade, esquecidas pelos pandemias.